Essa é uma dúvida que muitos têm, contudo poucos falam, será que o sexo é santo? Ou é pecado?
Santo...?Então quer dizer que posso transar como eu quiser dentro do casamento?
Bom para responder a essas a várias outras perguntas é que postei o texto a seguir. Trata-se do primeiro capítulo do livro 'Ato Conjugal' de Tim LaHaye e Bervely LaHaye, recomento totalmente esse livro tanto para casais quanto para solteiros e afins.
O ato conjugal é essa bela relação íntima de que partilham
marido e mulher, na seclusão de seu amor — e ela é sagrada. Na verdade, Deus
determinou para eles esse relacionamento.
Prova disso é o fato de que Deus tenha apresentado essa
experiência sagrada em seu primeiro mandamento para o homem: “Sede fecundos,
multiplicai-vos, enchei a terra” (Gênesis 1:28). Esse encargo foi dado ao homem
antes do pecado entrar no mundo; portanto, o sexo e a reprodução foram
ordenados por Deus, e o homem experimentou-o ainda quando se achava em seu
estado original de inocência.
Isso inclui o forte e belo impulso sexual, que marido e
mulher sentem um pelo outro. Sem dúvida, Adão e Eva o sentiram no Jardim do
Éden, como fora intenção de Deus, embora não haja um registro ou prova escrita
de que tal tenha acontecido, é razoável supormos que Adão e Eva tenham tido
relações sexuais antes do pecado entrar no jardim (ver Gênesis 2:25).
A ideia de que Deus criou os órgãos sexuais para nosso
prazer parece surpreender algumas pessoas. Mas o Dr. Henry Brandt, um psicólogo
cristão, nos relembra que: “Deus criou todas as partes do corpo humano. E não
criou algumas boas e outras más; ele criou todas boas, pois quando terminou a
obra da criação, ele olhou para tudo e disse: Viu Deus tudo quanto fizera, e
eis que era muito bom (Gênesis 1:31)”. E outra vez lembramos que isso ocorreu
antes do pecado macular a perfeição do Paraíso.
Após vinte e sete anos de ministério e o aconselhamento de
centenas de casais com problemas pertinentes à intimidade conjugal, estamos
convencidos de que muitos abrigam, escondida em algum canto da mente, a ideia
de que há algo errado com o ato sexual. Temos que reconhecer que a má vontade
dos líderes cristãos, através dos anos, em abordar abertamente esse assunto,
tem lançado dúvidas sobre a beleza desse tão necessário aspecto da vida conjugal;
mas a distorção dos desígnios de Deus, feita pelo homem, é sempre posta a
descoberto, quando recorremos às Escrituras.
Para desfazer essa noção falsa, ressaltamos que há registros
na Bíblia de que os três membros da Santíssima Trindade apoiaram esse relacionamento.
Já citamos o selo aprobatório de Deus, o Pai, em Gênesis 1:28. Todas as pessoas
que assistem a um casamento evangélico provavelmente ouvem o oficiante
relembrar que o Senhor Jesus escolheu um casamento para ser o cenário de seu
primeiro milagre; os pastores, quase que universalmente, interpretam isso como
um sinal divino de aprovação. Além disso, Cristo afirma claramente em Mateus
19:5, o seguinte: E serão os dois uma só carne. A cerimônia nupcial em si não é
o ato que realmente une o casal em santo matrimônio aos olhos de Deus; ela
simplesmente concede, publicamente, a permissão para que eles se retirem para
um local isolado, e realizem o ato pelo qual se tornam uma só carne, e que
realmente os transforma em marido e mulher.
Tampouco o Espírito se manteve em silêncio com relação à
questão, pois Ele apoia essa experiência sagrada em muitos textos das
Escrituras. Nos capítulos subsequentes, consideraremos a maioria deles, mas
citaremos um logo aqui, para exemplificar sua aprovação. Em Hebreus 13:4, Ele
inspirou o autor a escrever o seguinte princípio: Digno de honra entre todos
seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula. Nada poderia ser mais claro que
essa declaração. Qualquer pessoa que sugerir que pode haver algo de errado com
o ato sexual entre marido e mulher simplesmente não entende as Escrituras.
O autor do livro poderia ter afirmado apenas: “Digno de
honra entre todos seja o matrimonio”, o que já teria sido suficiente. Mas, para
ter a certeza de que todos entendessem bem o que queria dizer, ampliou a
mensagem com a declaração: “bem como o leito sem mácula”. Ele é sem “mácula”
porque constitui uma experiência sagrada.
Até recentemente, eu estava relutante em empregar a palavra
coito para designar o ato sexual, embora sabendo que se trata de um termo
legítimo. Essa situação mudou quando descobri que a palavra que o Espírito
Santo usou em Hebreus 13:4 foi o grego koite, que significa: “coabitar, implantar o espermatozóide
masculino”. O vocábulo koite deriva de Keimai, que significa “deitar”, e que é
relativo a koimao, que significa ‘fazer dormir’. Embora a palavra coito derive
do latim coitu, o termo grego koite tem o mesmo significado: a união que o
casal realiza na cama; coabitar. Baseados neste significado da palavra
poderíamos traduzir assim o verso de Hebreus 13:4: O coito no casamento é
honroso e sem macula. O casal que pratica o coito, está fazendo uso de uma
possibilidade e privilégio, dados por Deus, de criarem uma nova vida, um outro
ser humano, como resultado da expressão de seu amor.
Não apenas a simples propagação da espécie
Minha primeira experiência como conselheiro no campo do sexo
foi um completo fracasso. Estava no segundo ano do seminário, quando fui
abordado, certo dia, por um colega do time de futebol, quando saíamos do
treino, em direção aos vestiários. Eu já notara que aquele rapaz grande e
atlético não estava agindo normalmente. Éramos ambos casados, havia pouco mais
de um ano, mas ele não parecia feliz. Ele era, por natureza, uma pessoa afável,
mas, depois de alguns meses de casamento, tornara-se tenso, irritável, e, de um
modo geral, muito sensível. Afinal, um dia, ele explodiu: “Quanto tempo você
acha que devo concordar com o celibato conjugal?” Ao que parece, sua jovem
esposa cria que o ato sexual era reservado “apenas para a propagação da
espécie”. E como haviam combinado ter filhos apenas depois que ele se formasse,
ele tornou-se um marido frustrado. Muito sério, ele me perguntou: “Tim, será
que não existe na Bíblia uma passagem que diga que o sexo pode ser motivo de
prazer?”
Infelizmente, eu também estava muito desinformado para dar
uma resposta adequada. Eu tive a bênção de ter uma esposa que não adotava
aquelas ideias, e nunca pensara muito no assunto. De lá para cá, porém,
procurei examinar um bom número de passagens das Escrituras, durante meu estudo
bíblico, com o objetivo de descobrir o que a Palavra de Deus ensina sobre este
assunto. Já encontrei muitos trechos que abordam a questão da relação sexual
dos casais; alguns falam basicamente sobre a propagação da espécie, mas muitos
outros provam que Deus determinou que o ato sexual fosse praticado para o
prazer mútuo. Na verdade, se todos conhecessem esse fato, ele se tornaria a
principal fonte de gozo no casamento, desde os tempos de Adão e Eva até os
nossos dias, como Deus determinou.
O que a Bíblia fala sobre sexo
Como a Bíblia, clara e reiteradamente, condena o abuso
sexual, tachando-o de adultério e fornicação, muitas pessoas — ou por
ignorância ou como um meio de justificar seus atos de imoralidade — interpretam
erradamente estes conceitos, e dizem que Deus condenou toda e qualquer
manifestação sexual. Mas a verdade é exatamente o contrário. A Bíblia sempre
fala dessa relação aprovativamente — desde que seja limitada a casais casados.
A única proibição da Bíblia diz respeito a atos sexuais extra ou pré-conjugais.
A Bíblia é inquestionavelmente clara a esse respeito, condenando esse tipo de
conduta.
Foi Deus quem criou o sexo. Ele formou os instintos humanos,
não com o fim de torturar homens e mulheres, mas para proporcionar-lhes
satisfação e senso de realização pessoal. Conservemos sempre em mente como foi
que isso se deu. O homem sentia-se irrealizado no Jardim do Éden. Embora
vivesse no mais belo ambiente do mundo, cercado de animais mansos de toda
sorte, ele não tinha uma companhia que fosse de sua espécie. Então, Deus
retirou de Adão um pedaço de seu corpo, e realizou outro milagre da criação — a
mulher — semelhante ao homem sob todos os aspectos, com exceção do aparelho
reprodutor. Ao invés de serem opostos, eles se completavam mutuamente. Será que
Deus iria ter o trabalho de preparar Suas criaturas, dando-lhes a capacidade de
realizar determinada atividade, para depois proibi-los de realizá-la?
Certamente, não seria o Deus de amor tão claramente descrito na Bíblia. O verso
de Romanos 8:32 afiança-nos que Aquele que não poupou ao seu próprio Filho,
antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele
todas as coisas. Examinando os fatos objetivamente, temos que concluir que o
sexo foi dado ao homem, pelo menos em parte, para sua satisfação conjugal.
Para termos outras evidências de que Deus aprova o ato
sexual entre casais, consideremos a bela narrativa que explica sua origem. De
todas as criaturas de Deus, apenas o homem foi criado à imagem de Deus (Gênesis
1:27). Isso torna a humanidade uma criação singular dentre as criaturas da
Terra. O verso seguinte explica: E Deus os abençoou, e lhes disse: Sede
fecundos, multiplicai-vos’ (Gênesis 1:28). A seguir, Ele faz um comentário
pessoal acerca de Sua criação: ‘Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era
muito bom (Gênesis 1:31).
O capítulo dois de Gênesis apresenta uma descrição mais
detalhada da criação de Adão e Eva, incluindo a informação de que o próprio
Deus conduziu Eva até Adão (verso 22) e, evidentemente, apresentou-os um ao
outro, e deu-lhes ordem para serem fecundos. Em seguida, o texto descreve a
inocência deles com as seguintes palavras: Ora, um e outro, o homem e sua
mulher, estavam nus e não se envergonhavam (verso 25). Adão e Eva não sentiram
nenhum constrangimento, nem ficaram envergonhados nessa ocasião, por três
razões: haviam sido apresentados um ao outro por um Deus santo e reto, que lhes
ordenara que se amassem; sua mente não estava preconcebida quanto a culpa, pois
ainda não havia sido feita nenhuma proibição relativa ao ato sexual; e não
havia outras pessoas por ali, para observarem suas relações íntimas.
Adão “coabitou” com sua esposa
Outra prova da bênção de Deus para com essa experiência sagrada,
nos é dada na expressão que descreve o ato sexual praticado por Adão e Eva, em
Gênesis 4:1: ‘Coabitou o homem com Eva. Esta concebeu’ (algumas versões dizem:
“Conheceu...”). Que melhor maneira existe de se descrever este sublime e íntimo
entrelaçamento de mentes, corações, corpos e emoções, até um clímax apaixonado
que lança os participantes numa onda de inocente calma e que expressa
plenamente o seu amor? A experiência é um “conhecimento” mútuo, um conhecimento
sagrado, pessoal e íntimo. Tais encontros
são determinados por Deus para bênção e satisfação mútua.
Algumas pessoas abrigam a estranha ideia de que tudo que for
aceitável diante de Deus, nunca pode ser fonte de prazer para nós. Ultimamente,
temos obtido grande sucesso, quando aconselhamos os casais a orarem juntos. No
livro Casados, mas Felizes, descrevemos determinado método de oração
conversacional, que consideramos extremamente valioso, e que sugerimos com
frequência, devido à sua praticabilidade e versatilidade. Durante esses anos
todos, vários casais têm experimentado e testemunhado resultados notáveis.
Uma senhora muito extrovertida e emotiva declarou que essa
prática mudara toda a sua vida, e confidenciou-nos: “A principal razão porque
eu relutava em orar com meu marido antes de deitar-me, era o receio de que isso
viesse a prejudicar nosso ato sexual. Mas, para minha surpresa, descobri que
ficávamos tão unidos emocionalmente depois da oração que isso estabelecia um
clima próprio para o amor.” E essa senhora não é a única pessoa a experimentar
isso. Na verdade, não vemos nenhuma razão para que um casal não ore antes ou
depois de um ardoroso ato sexual. Entretanto, alguns casais se encontram tão
relaxados depois, que só desejam dormir — o sono da satisfação.
Um amor arrebatado
Correndo o risco de chocar algumas pessoas, desejamos
afirmar que a Bíblia não mede palavras ao falar deste tema. O livro Cantares de
Salomão é notavelmente franco neste aspecto. Considerem-se, por exemplo, os
trechos de 2:3-17 e 4:1-7.
O livro de Provérbios faz advertência contra a “mulher
adúltera” (prostituta), mas em contraste, diz ao marido: Alegra-te com a mulher
da tua mocidade. Como? Deixando que saciem-te os seus seios em todo o tempo;
embriaga-te sempre com as suas carícias. Está claro que esse arrebatamento no
amor deve fazer o homem alegrar-se, dando-lhe um prazer que chega ao êxtase. O
contexto expressa claramente a ideia de que a experiência é para o prazer
mútuo. Essa passagem indica, também, que o ato sexual não foi estabelecido
apenas para o objetivo único da propagação da raça, mas para o prazer total dos
dois. Se entendermos corretamente — e cremos que entendemos — não deve ser um
ato a ser praticado apressadamente, e nem deve ser suportado por um dos
cônjuges e desfrutado pelo outro. Os especialistas modernos ensinam que a
estimulação mútua, precedendo ao ato propriamente dito, é necessária para que
ambos gozem de uma experiência satisfatória. Não vemos erro nisso, mas queremos
mencionar que Salomão fez a mesma sugestão há três mil anos.
Todas as passagens bíblicas devem ser estudadas à luz de seu
objetivo, a fim de se evitar a deturpação ou distorção do significado. O
conceito apresentado no parágrafo anterior já é bastante forte em si, mas
torna-se ainda mais poderoso se compreendermos seu contexto. As inspiradas
palavras dos capítulos 1 a 9 de Provérbios contêm instruções de Salomão, o
homem mais sábio do mundo, a seu filho, ensinando-o a controlar o tremendo
instinto sexual que operava em seu corpo, a fim de evitar ser tentado a
satisfazê-lo de maneira imprópria. Salomão queria que seu filho tivesse toda
uma vida de uso correto daquele instinto, limitando-o ao ato conjugal. E como
toda essa passagem aborda a questão da sabedoria, está claro que um amor
matrimonial deleitável é consequência de sabedoria. O amor extraconjugal é
apresentado como “o caminho do insensato”, oferecendo prazeres a curto prazo e
trazendo “destruição” (mágoas, culpas, tristezas) no fim.
Seríamos remissos se deixássemos de mencionar Provérbios 5:
21: Porque os caminhos do homem estão perante os olhos do Senhor, e ele
considera todas as suas veredas. Isso diz respeito também ao ato sexual. Deus
vê a intimidade que é praticada pelos casais, e a aprova. Seu castigo é
reservado apenas aqueles que praticam o sexo extraconjugal.
As ‘carícias’ no velho testamento
Pode ser difícil para nós pensarmos nos grandes santos do
Velho Testamento como grandes parceiros no amor, mas eles o foram. Aliás, é
possível até que nunca escutemos um sermão sobre o relacionamento de Isaque e
sua esposa Rebeca, registrado em Gênesis 26:6-11. Mas a verdade é que esse
homem, que foi incluído no “quem é quem” da fé, em Hebreus 11, foi visto pelo
rei Abimeleque “acariciando” sua esposa. Não sabemos até que ponto foram essas
carícias, mas sabemos que o rei viu o suficiente para deduzir que ela era
esposa dele, e não sua irmã, como ele havia declarado a princípio. Isaque
errou, não por afagar sua esposa, mas em não limitar-se à intimidade do seu
quarto. Mas o fato de que foi visto fazendo isso, sugere que era comum e
permitido, naquela época, marido e mulher se acariciarem. Deus determinou que
as coisas fossem deste modo.
Outras informações quanto à aprovação divina do ato sexual
aparecem nos mandamentos e ordenanças que Deus deu a Moisés para os filhos de
Israel. Ali, ele dispôs que, no primeiro ano do matrimônio, o jovem marido era
desobrigado do serviço militar e de todas as responsabilidades de negócios
(Deuteronômio 24:5), para que os dois pudessem conhecer-se um ao outro numa
época de suas vidas em que o instinto sexual se achava no ponto mais elevado,
sob circunstâncias que lhes dariam amplas oportunidades de fazerem experiências
e desfrutarem delas. Reconhecemos, também, que esse dispositivo da lei tinha o
objetivo de possibilitar ao jovem “propagar a raça” antes de enfrentar sérios
riscos de vida nos campos de batalha. Naquela época, não se usavam
anticoncepcionais e, como o casal podia ficar junto durante tanto tempo, é
compreensível que tivessem filhos, logo nos primeiros anos do casamento.
Há outro verso que ensina que Deus entendia claramente o
instinto sexual que Ele próprio colocou no homem: “melhor casar do que viver
abrasado”(1 Coríntios 7:9). Por quê? Porque existe uma forma lícita, ordenada
por Deus, de se liberar a pressão natural que Ele colocou nos seres humanos — o
ato conjugal. Esse é o método básico de Deus para a satisfação do instinto
sexual. É seu propósito que marido e mulher dependam totalmente um do outro
para obterem satisfação sexual.
O ensino neotestamentário
A Bíblia é o melhor manual que existe sobre o comportamento
humano. Ela aborda todos os tipos de relacionamento pessoal, inclusive o amor
sexual. Já apresentamos vários exemplos disso, mas agora citaremos uma das
principais passagens. Para compreendê-la plenamente, usaremos uma tradução
moderna:
Geralmente, porém, é melhor ser casado, todo homem tendo sua
própria esposa, e cada mulher tendo seu próprio marido, porque de outra forma
vocês poderiam cair em pecado. O homem deve dar a sua esposa tudo quanto é do
direito dela como mulher casada, e a esposa deve fazer o mesmo com o seu
marido. Pois uma moça que se casa não tem mais todo o direito sobre o seu
próprio corpo, porque o marido tem também seus direitos sobre ele. E, do mesmo
modo, o marido não tem mais todo o direito sobre o próprio corpo, pois ele
pertence também a sua esposa. Portanto, não recusem tais direitos um ao outro.
A única exceção a essa regra seria o acordo entre marido e mulher para se
absterem dos direitos do casamento por tempo limitado, a fim de que possam dedicar-se
mais completamente a oração. Depois disso eles devem unir-se novamente, para
que Satanás não possa tentá-los por causa da sua falta de controle próprio. 1
Coríntios 7:2-5.
Esses conceitos serão desenvolvidos neste livro, mas aqui
delinearemos os quatro princípios ensinados nesta passagem com referência ao
sexo:
1. Tanto o marido como a mulher possuem carências de ordem
sexual, que devem ser satisfeitas no matrimônio;
2. Quando uma pessoa se casa, ela perde, para o cônjuge, o
direito ao domínio sobre seu corpo;
3. Ambos são proibidos de se recusarem a satisfazer as
necessidades sexuais do cônjuge;
4. O ato sexual é aprovado por Deus.
Uma jovem senhora, mãe de três filhos, procurou-me pedindo
que lhe recomendasse um psiquiatra. Quando lhe perguntei por que precisava
consultar-se, explicou, não sem certa hesitação, que seu marido cria que ela
estava com “tabus” com relação ao sexo. Ela nunca experimentara um orgasmo, não
relaxava durante o ato sexual e tinha muito complexo de culpa com respeito a tudo
que cercava a questão. Perguntei-lhe quando fora que se sentira culpada pela
primeira vez, e ela confessou haver-se dado a certas intimidades antes do
casamento, o que implicou na violação de seus princípios cristãos e
desobediência aos pais. Por fim, ela confessou: “Nossos quatro anos de namoro
parecem ter sido uma série sucessiva de tentativas de Tom para seduzir-me, e eu
para afastá-lo. Mas acabei fazendo muitas concessões, e, sinceramente, estou
admirada de não havermos ido até o fim, antes do casamento. Depois de casarmos,
pareceu-me que era a mesma coisa, embora com um pouco mais de liberdade.
Afinal, por que Deus tinha que incluir o sexo no casamento?”
Aquela jovem senhora não precisou de toda uma série de
testes psicológicos e anos de terapia. Ela precisou apenas confessar seu pecado
pré-conjugal, e depois aprender o que a Bíblia ensina acerca do amor conjugal.
Removido aquele senso de culpa, ela compreendeu logo que a imagem mental que
fazia do ato sexual estava inteiramente errada. Após estudar a Bíblia e ler
vários livros sobre o assunto, com a certeza que lhe foi dada pelo pastor de
que o sexo é um belo aspecto do plano de Deus para os casais, ela se tornou uma
nova esposa. Seu marido, que sempre fora um crente “morno”, procurou-me, certo
domingo, no intervalo entre os cultos, e disse: “Não sei o que o senhor falou à
minha esposa, mas nosso relacionamento está completamente transformado.” E de
lá para cá, seu crescimento espiritual tem sido maravilhoso — tudo porque sua
esposa entendeu a verdade de que Deus determinou que o sexo seja uma
experiência desfrutada pelos dois cônjuges.
O leitor já pensou por que estamos sendo atacados de todos
os lados com explorações do sexo, hoje em dia? Os maiores best-sellers, os
principais filmes e revistas praticamente estão deteriorados, cheios de
práticas e insinuações sexuais, e ninguém negará que o sexo é, sem dúvida, o
mais popular “esporte” internacional. Essa febre de “contar-se a realidade nua
e crua” simplesmente trouxe à tona algo que sempre esteve na mente das pessoas
desde os tempos de Adão e Eva.
Temos que reconhecer que Deus nunca planejou esse sexo
pervertido, barateado, exibido publicamente como é feito nos dias de hoje. Isso
é consequência da depravação da natureza humana, que destruiu as coisas boas
que Deus comunicou ao homem. Era intenção de Deus que o sexo fosse a mais
sublime experiência de que duas pessoas poderiam desfrutar, juntas, nesta vida.
Cremos que, embora os crentes cheios do Espírito não sejam
obcecados pelo sexo e não maculem sua mente com horríveis deturpações dele, nem
tampouco falem dele constantemente, são eles que desfrutam do sexo em bases
mais permanentes que qualquer outro tipo de indivíduo. Chegamos a essa
conclusão, não somente por causa das centenas de pessoas que temos aconselhado
nessa área íntima de sua existência, nem por causa das inúmeras cartas e
perguntas que nos tem sido dirigidas nesses vinte e sete anos de ministério,
nem por causa dos seminários Family Life que já realizamos e que se contam às
centenas, mas também pelo fato de que o prazer e a satisfação mútua eram o
objetivo de Deus para nós, ao criar-nos como nos criou. Isso Ele ensina
claramente em Sua Palavra.
Leu? Muito bem! Mas e ai o que achou?
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